Por Cristina Mioranza

Propor um espaço harmonizado em termos estéticos e visuais vai além da aplicação de conceitos decorativos: diz respeito, de forma muito especial, ao bem-estar e à qualidade de vida. Essa afirmação é fundamentada nas mais contemporâneas tendências de design e arquitetura – e os profissionais ligados à área garantem: o ambiente não deve ser uma vitrine, na qual estamos meramente inseridos em meio aos demais objetos, mas sim um espelho de quem o integra.

Por isso, é importante entender que os cômodos devem estar na mesma sintonia em quesitos como iluminação, cores e mobiliário, como atesta a diretora do escritório C2 Arquitetos, de Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, Cristina Mioranza.

Veja, a seguir, algumas dicas que a arquiteta considera essenciais na composição de ambientes.

Faça uma autoanálise

Em primeiro lugar, é preciso compreender de que forma o espaço pode ser adaptado em favor das individualidades dos usuários. De nada adianta planejar uma decoração sem saber quais as preferências, os gostos, os anseios e as expectativas quanto ao projeto a ser executado. Mergulhar em memórias afetivas, como fotos e lembranças de momentos felizes, pode contribuir para uma melhor definição do ambiente idealizado. Ou seja, é fundamental o autoconhecimento e a identificação.

Aplique a técnica adequada

A partir do entendimento da linha que será seguida, entram em cena os diversos estilos e técnicas que se dedicam a construir ambientes harmonizados e equilibrados. Alguns deles são relacionados à psicologia, como o design Biofílico, uma composição que incorpora elementos naturais, como o uso de vegetação, iluminação e texturas. Essa conexão com a natureza provoca sentimentos inspiradores e também podem aumentar a produtividade.

Já outros são concebidos por meio da cultura e geografia locais, como o Escandinavo e o Boho. Há, também, as técnicas espirituais energéticas como o Feng Shui – uma prática milenar desenvolvida por mestres chineses e utilizada para incluir influências benéficas da natureza nas residências. Esse conceito é útil para atualizar a decoração sem abrir mão da simplicidade, proporcionando sensação de bem-estar e equilíbrio físico, mental e espiritual.

Priorize o conforto

O conceito de conforto é uma das  diretrizes para o início do processo. Imaginando o espaço como uma espécie de refúgio, tenha em mente a maior integração possível dos ambientes. Essa é uma forma de estimular o convívio com a proposta de explorar elementos naturais e visuais, como revestimentos, acabamentos, paisagismo e uso das cores, no intuito de torná-los aliados do bem-estar.

Se aproxime da natureza

Quanto mais natural, melhor. Algumas sugestões práticas se aplicam na disposição de vasos com plantas entre os móveis, uso de lâmina natural de madeira na marcenaria e no mobiliário e aposta em obras de arte com a presença de cores vivas – sempre aliando com elementos naturais (como flores, texturas de pedras, tecidos de algodão e madeira).

Este conteúdo foi elaborado em parceria com o C2 Arquitetos, escrito pela arquiteta Cristina Mioranza. Acesse o site www.c2arquitetos.com.br e acompanhe no Instagram.

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Crédito foto de capa: Guilherme Jordani.